A rezar no meio do trânsito e de inundações

Tracy Fernandes, analista financeira, trabalha e vive na populosa cidade de Mumbai (Bombaim). Vive com os pais, o irmão e a irmã. Para cima e para baixo, de casa para o escritório e do escritório para casa... é o seu quotidiano.

Descobri pela primeira vez o Opus Dei, em Mumbai, há cerca de quatro anos, através da minha mãe. Ela tinha ido ao Centro da Obra para fazer um retiro mensal, e gostou tanto que me animou a ir também. Depois, comecei a participar regularmente nalgumas palestras e atividades que me ajudaram muito na minha vida quotidiana. E mais tarde, entrei para o Opus Dei.

Sendo uma profissional comum, como milhões de pessoas em Mumbai, tinha uma vida muito monótona e ocupada, como a de muitos dos meus amigos e colegas. E, como se sabe, Mumbai é uma cidade muito populosa e agitada, onde toda a gente corre, com chuva, calor ou o que quer que seja. Nada faz parar quem trabalha em Mumbai. Mesmo durante a estação das monções, quando a água da chuva chega por vezes até aos joelhos ou mais, as pessoas continuam a ir trabalhar. É espantoso!

Habitualmente, passo muitas horas a conduzir dentro da cidade, no meio de um trânsito intenso, antes de chegar ao meu escritório ou para regressar a casa. A maior parte das vezes, o trânsito irritava-me e eu perdia o tempo a resmungar e a perder a cabeça. Mas depois de conhecer o Opus Dei e de compreender o que é a vida de um verdadeiro cristão, mudei a minha forma de lidar com este pequeno incómodo irritante. Agora, quando estou presa no trânsito, por exemplo, com os carros e os autocarros a buzinarem a toda a hora, costumo rezar um pouco, ler um livro, etc. Nessas alturas, procuro oferecer esse tipo de situações de uma forma muito melhor.

Isto porque, através do Opus Dei, aprendi que se pode estar em constante diálogo com o Senhor durante o dia, quer se esteja a viajar, a cozinhar, a trabalhar, deitada na cama, quando e onde quer que seja. Esta nova descoberta ajuda-me a fazer muito melhor as mesmas coisas que fazia antes. Seja em casa, lidando com os meus irmãos e pais, tentando criar um ambiente familiar mais pacífico e agradável, seja no trabalho, dando o meu melhor, estando pronta a ajudar quem precisar.

O que aprendo no Opus Dei ajuda-me verdadeiramente a melhorar como pessoa, como filha, como irmã, como amiga, como profissional. Estou muito agradecida a Deus pela graça da minha vocação no Opus Dei. E estou muito grata à minha mãe, que me pôs em contacto com esta instituição da Igreja Católica.