Guia simples para a confissão

A confissão “made easy”: fácil. Um cartaz junto dos confessionários da Paróquia de Our Lady Queen of Peace (Dublin, Irlanda) explica aos fiéis como é simples confessar-se. A iniciativa fez com que muitos se aproximassem, de novo, do sacramento.

Em uma audiência no final de 2013, o Papa Francisco incentivou o Prelado do Opus Dei a que se insistisse muito em difundir o sacramento da confissão, como recordou D. Javier Echevarría na carta pastoral do mês seguinte.

Numa paróquia de Dublim (Irlanda), encomendada pela diocese a sacerdotes da Prelazia do Opus Dei, foi elaborado um guia gráfico para explicar os passos necessários para confessar-se. O guia inclui algumas perguntas para facilitar o exame de consciência. A iniciativa aproximou do sacramento numerosos fiéis.

Entrevista ao Pe. Fergus O’Connor, pároco de Our Lady Queen of Peace.

Por que preparou este guia? De onde surgiu a ideia?

Em junho de 2012 celebrou-se um Congresso Eucarístico Internacional na Irlanda, muito perto da nossa Paróquia. Por ocasião do congresso, fizemos umas melhorias na igreja e, entre outras coisas, instalamos quatro novos confessionários.

Queríamos que fossem lugares agradáveis, cômodos, silenciosos e onde as pessoas com problemas de audição pudessem falar em voz alta com o sacerdote. Um dia, falando com outro sacerdote do Opus Dei, ele sugeriu-me que fizesse um desenho onde se explicasse os passos para fazer uma boa confissão. Pareceu-me uma excelente ideia.

Por que explicar este sacramento?

Atualmente, há pessoas que perderam, ou nunca tiveram, o costume de se confessar. Este cartaz retira parte do medo do desconhecido e demonstra que é muito simples ajoelhar-se e pedir perdão a Deus.

Qual o público que o achou mais útil?

Foi especialmente útil para os jovens, dos 15 aos 35 anos. Infelizmente, depois da Crisma muitos esquecem que existe a possibilidade de voltar a receber o abraço do Senhor com frequência. Muitos viram o cartaz e se animaram.
A experiência foi positiva?

Sim, claro. Graças a Deus, não são poucas as pessoas que vão se confessar na Our Lady Queen of Peace. Penso que diversos fatores contribuem para que as confissões vão aumentando todos os anos: em primeiro lugar, a disponibilidade. Há sempre um sacerdote para atender a confissão, desde 20 minutos antes da Missa até o seu término. Aos sábados, o confessor está à disposição durante várias horas.

Pouco a pouco, foi-se difundindo que se alguém quiser se confessar, há sempre um sacerdote disponível em Our Lady Queen of Peace . Muitos se animaram ao ver como outras pessoas saíam felizes da confissão.

E, claro, quando o Espírito Santo coloca na alma de uma pessoa o desejo de voltar a Deus e receber o perdão dos pecados, para encontrar a alegria da união com Cristo, ver um cartaz que nos diz como consegui-lo com facilidade, é uma ajuda definitiva.

Juntamente com estes cartazes, no site da paróquia temos, também, vários recursos para ajudar as pessoas a procurar a reconciliação com o Senhor. Várias pessoas encontraram-nos com facilidade procurando no Google “Confession Dublín”. O motor de busca disponibilizava a nossa página com o cartaz e com diversos textos do Papa Francisco e de Bento XVI sobre este sacramento. Encontram também, um exame de consciência com perguntas, que ajuda a preparar-se interiormente.

Há diferentes modelos com perguntas para fazer exame de consciência e rever as próprias faltas. Por quê?

O “tamanho único” não funciona. Por isso temos três modelos diferentes de exame de consciência: para adultos, para adolescentes e para crianças.

O exame para crianças tem perguntas curtas e simples, formuladas numa linguagem que elas entendem; as questões para adolescentes abordam mais temas, adaptando-se também ao seu período vital; e a mesma coisa para os adultos. Estes exames ajudam os penitentes, jovens ou idosos, a rever as diferentes áreas das suas vidas em que podem ter ofendido a Deus e ter causado danos aos outros ou a si próprios. O mais importante, no entanto, é a contrição: uma dor de amor que nos abre, na Igreja, ao perdão de um Deus terno e misericordioso.

Autores:Pablo Ramírez e Jesus Gil.

Tradução e adaptação: Marina Alonso

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