“O mandamento novo do amor”

Jesus Senhor Nosso amou tanto os homens que se encarnou, tomou a nossa natureza e viveu em contacto diário com pobres e ricos, com justos e pecadores, com jovens e velhos, com gentios e judeus. Dialogou constantemente com todos: com os que Lhe queriam bem, e com os que somente procuravam a maneira de retorcer as suas palavras, para condená-Lo. - Procura tu comportar-te como o Senhor. (Forja, 558)

Compreende-se muito bem a impaciência, a angústia e os anseios inquietos daqueles que, com alma naturalmente cristã, não se resignam perante as situações de injustiça pessoal e social que o coração humano é capaz de criar. Tantos séculos de convivência entre os homens, e ainda tanto ódio, tanta destruição, tanto fanatismo acumulado em olhos que não querem ver e em corações que não querem amar. 

Os bens da terra, repartidos entre poucos; os bens da cultura, encerrados em cenáculos. E, lá fora, fome de pão e de sabedoria; vidas humanas - que são santas, porque vêm de Deus - tratadas como simples coisas, como números de uma estatística. Compreendo e partilho dessa impaciência, levantando os olhos para Cristo, que continua a convidar-nos a pôr em prática o mandamento novo do amor. 

Temos que reconhecer Cristo que nos sai ao encontro nos nossos irmãos, os homens. Nenhuma vida humana é uma vida isolada, mas entrelaça-se com as outras vidas. Nenhuma pessoa é um verso solto: fazemos todos parte de um mesmo poema divino, que Deus escreve com o concurso da nossa liberdade. (É Cristo que passa, 111)

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