Uma voluntária na JMJ: Édila

“Deus ama de surpresa, não está programado. O amor de Deus é uma surpresa. Surpreende sempre. Está sempre a surpreender-nos, surpreende-nos” (Papa Francisco). Apresentamos o testemunho de Édila, voluntária da equipe de liturgia da JMJ.

Meu nome é Édila Maria, moro em Brasília e trabalho com Comunicação. Em 2016, participei da JMJ na Polônia com um grupo paroquial e lá foi onde comecei a me perguntar qual seria a minha vocação. Nesse mesmo ano, conheci o Centro Cultural Lajedo, e um ano depois eu pedia a admissão na Obra como adscrita. Como sou grata pela JMJ!

Eu tinha um sonho de conhecer Portugal, especificamente Fátima. No Lajedo, as meninas estavam se movimentando para ir para JMJ, porém eu achava que não seria possível por questões financeiras. Contudo, depois de algumas reviravoltas na minha vida em 2023, vi que teria condições de realizar esse sonho.

Convidei algumas amigas que participam das atividades de São Rafael, mas apenas uma conseguiu ir com a gente. Assim, mãos à obra! Vendi roupas, lanches, rifas e fiz trabalhos extras. Foi muito bom ver as pessoas ao redor animadas com essa causa. Contei muito com a providência divina e com a ajuda do Bem-aventurado Álvaro para resolver os trâmites de passagens, hospedagem, seguros, etc. Também me inscrevi como voluntária, porque gostaria de retribuir um pouco tudo o que Deus me fez!

Antes de ir para Portugal, fomos para a Espanha conhecer Madri e o Santuário de Torreciudad. Fizemos alguns planejamentos, mas quando chegamos lá, tudo foi diferente e muito melhor do que imaginávamos! Madri é uma cidade incrível, linda e agitada. Torreciudad é o céu na terra. E fora dos nossos planos iniciais, passamos por Saragoça e participamos da missa de domingo na Catedral Nossa Senhora do Pilar. Que espetáculo!

Depois fomos para Lisboa e nos hospedamos na Residência Universitária Álamos. Chegamos uma semana antes da JMJ, pois os voluntários tinham alguns treinamentos. Descobri que a minha função era participar da equipe de liturgia. Brinco dizendo que fiquei com a “melhor parte”! Trabalhei com as monjas e ministros da Eucaristia limpando e deixando as âmbulas em seus lugares, passei os corporais, ajudei na preparação dos guarda-chuvas que serviam de sinalização na hora da comunhão e carreguei muitas caixas. Eram em média 5.700 âmbulas para a missa final do evento. Nunca vi tanta hóstia na minha vida!

Foi um trabalho completamente imerso na presença de Deus. Ajudando a limpar as âmbulas, escutei as seguintes frases das monjas: “Senhor, obrigada por ter nos escolhido”; “Já pensou se acontecer um milagre eucarístico?”; “O milagre eucarístico acontece no nosso coração!”; “O Espírito Santo não dorme!”; “O Papa está rezando as vésperas no Mosteiro dos Jerônimos. Vou me unir a ele em oração!”.

Também houve muitas ações de graças, desagravo, músicas e ofereci tudo por várias intenções. Outra surpresa na minha equipe foi conviver com pessoas de outros países como Portugal, Estados Unidos, Espanha, Filipinas, França, Polônia e até o Paquistão! Custou um pouco falar e entender os comandos em inglês ou espanhol, mas, ao final, tudo deu certo. Conheci vários pontos turísticos de Lisboa e o meu sonho, Fátima! Pude ver tanta beleza e tantas pessoas diferentes com a mesma fé. Vi o Papa Francisco e vibrei com seus discursos. Mesmo com tantos contratempos, calor e cansaço, estava com um sorriso radiante.

Por fim, qual foi a mensagem da JMJ para mim? Usando as palavras do Papa Francisco, a mensagem é que o sobrenome de Deus é surpresa! Tudo foi diferente do esperado. Nossa Senhora me encheu de graças e a maior delas foi estar cuidando do Seu Filho bem de perto. Estou profundamente agradecida por cada momento. Obrigada, meu Deus!