Um rapaz como Tomás

Lulú é de El Salvador e mora na Argentina. Faz 6 anos que sua mãe a animou a pedir a Tomás e Paquita para encontrar um garoto bonito e bom que gostasse muito dela. A história tem uma final cinematográfico!

Lulú e Santi, numa foto recente.

Num dia de 2010 minha mãe me disse muito animada: "Já sei a quem vamos pedir um bom rapaz para você, Lulu: Tomás Alvira e a Paquita Domínguez". Contou que eram um casal que estava em processo de canonização e amavam-se muito. Me deu a estampa e comecei a pedir todos os dias "um rapaz como Tomás". Minha mãe me avisou: "Chegará quando tiver que chegar."

No ano seguinte fui a uma festa de um amigo do meu irmão. Fiquei quase a noite inteira conversando com outro amigo dele. Achei muito divertido, apesar de ser mais novo do que eu. Depois da festa me disseram que "ele estava fisgado", mas eu não tinha gostado dele.

Me deu a estampa e comecei a pedir todos os dias "um rapaz como Tomás". Minha mãe me avisou: "Chegará quando tiver que chegar."

Passou o tempo, e no ano passado, Santi (o menino) me mandou um tweet. Tínhamos falado de sair várias vezes e ele tinha prometido um café da Colômbia fazia tempo, mas no final não deu para ir. Desta vez fui eu que me interessei.

Combinamos o dia, e antes de nos encontramos, vi uma foto dele e pensei que tinha sido muito boba.

Fomos ao café, conversamos muito, rimos bastante e ele me deixou em casa. Eu o achava muito bonito, com grandes projetos de vida e não senti que fosse mais novo que eu. E agora?

Rezei a Tomás e a Paquita e disse que dava um prazo de nove dias para que acontecesse algo com esse menino ou com outro. Não gostava da ideia de ir saindo com vários meninos e no final ficar sem nada. Já fazia anos que estava rezando a estampa e minhas amigas iam deixar de acreditar em mim. Para muitas parece impossível um namoro cristão. Diziam: "continua pensando assim, e você vai continuar solteira."

Eu também estava quase perdendo a esperança encontrar alguém que valesse a pena. Por isso pedi com todas as minhas forças durante nove dias. Também ameacei que se não acontecesse, "mudaria de santo".
Para muitas amigas parece impossível um namoro cristão. Diziam: "continue pensando assim, e você vai continuar solteira."

Para minha surpresa no nono dia começamos a sair. Tudo o que pensei naquele encontro no bar se confirmava cada vez mais. Era um menino espetacular. De verdade, não falo porque seja meu namorado. Mas superou tudo o que imaginava que podia ser "um rapaz como Tomás".

Saímos dois meses até que me preocupei porque não avançávamos. Estávamos muito bem, adorava estar com ele, mas não queria me tornar só sua "amiguinha". Então voltei a pedir algo concreto a Tomás e Paquita: que me perguntasse se queria ser sua namorada antes do final da semana.

Neste domingo na missa um sacerdote mencionou que precisavam de missionários na Angola. Eu sempre gostei da ideia de ser missionária, então falei brincando com Santi, que queria ir. E me disse: "você não pode ir". Ao que respondi: "Por que, se não tenho namorado?".

Depois me contou que nesse momento quase enlouqueceu só de pensar que eu iria sem ele. Na sexta-feira dessa semana, 2 de maio, fomos a Luján fazer uma romaria a Nossa Senhora. Eu pedi a ela por Santi, para que ele fosse o meu namorado.

E aí em Luján contei para ele de Tomás e Paquita pela primeira vez. Estava impressionado, ficou um pouco preocupado e me disse: "Você pede por um santo". Eu expliquei que queria alguém que me levantasse e eu a ele, e que pudéssemos lutar juntos.

No dia seguinte fomos jantar juntos. Logo no Puerto Madero me fez a grande pergunta. Ele memorizou o diálogo de "Orgulho e Preconceito" debaixo da chuva, quando Mr. Darcy se declara a Miss Elizabeth, e eu respondi como ela responde. Como num filme! E ainda por cima o meu favorito.

Quando lhe disse que sim, tirou a estampa dos Alvira e me disse: agora que somos namorados, rezemos esta estampa. Ele a leu e pediu: "para que sejamos fiéis, para que cada dia nos amemos mais, para que Deus esteja sempre junto de nós dois e para que se Ele quiser, formemos uma família como a dos Alvira, com um lar luminoso e alegre". Estava tão impactada que só consegui dizer: "Assim seja".

Já passaram alguns meses que estamos juntos e muito felizes. Sei que o que estamos vivendo é muito mais do que pedi e estou muito agradecida a Tomás e Paquita, que já são parte do nosso relacionamento. Também queremos contagiar nossos amigos com a alegria de viver um namoro cristão.

"Para que sejamos fiéis, para que cada dia nos amemos mais, para que Deus esteja sempre junto de nós dois e para que se Ele quiser, formemos uma família como a dos Alvira"

Recentemente comecei outra novena para que Santi me pedisse em casamento. Comecei numa sexta-feira, dia de Nossa Senhora da Medalha Milagrosa. Estamos muito felizes! Já temos a data marcada. A cerimônia religiosa será 16 de julho de 2016 em El Salvador, e a civil - porque aqui tem que ser separada - terá que ser um mês antes em Buenos Aires, provavelmente no 16 de junho. O dia do casamento de Tomás e Paquita!