Sentido de responsabilidade

Recolhemos alguns textos de Dom Álvaro, nos quais o Bem-aventurado comenta sobre como devemos nos comportar como filhos de Deus em todos os lugares que estivermos, e com todas as pessoas que convivemos.

Santificação das realidades temporais

A alma sacerdotal que informa nossa vocação, unida à mentalidade laical, não nos permite ficarmos passivos ou olhar o mundo exteriormente; vibra com o anseio de elevar toda a criação à Santíssima Trindade, empregando as energias da liberdade, no trabalho e no apostolado, para colocar a Cruz de Cristo nas entranhas do mundo.

Por isso, meus filhos e filhas, iniciativa. Deus conta com nossa liberdade e responsabilidade pessoais, com a nossa mentalidade laical. Pede-nos que sejamos como sal, que se difunde por todo o alimento e não forma um torrão, um grumo. Quer que estejamos em todas as partes, cada um em seu lugar, para transmitir sabor – tom cristão – ao ambiente que nos rodeia.

Carta pastoral, 9-I-1993.

Justiça e Caridade

O espírito cristão exige que não nos limitemos a dar a cada um o seu, mas, além disso, leva a fazê-lo com respeito, com carinho, e a dar mais do que o estritamente devido: a entregar-se a si próprio aos outros. Enfim, a caridade é motor poderoso, que move a exercitar a própria justiça, especialmente quando isto supõe heroísmo. Somente assim trabalhamos de acordo com a dignidade de homem; ou seja, só assim é possível «comportarmo-nos como filhos de Deus com os filhos de Deus» (É Cristo que passa, n.36).

Entrevista concedida a “Scripta Theologica” 13 (1981), pp. 383-401. Publicada em “Rendere amabile la verità”, cit., pp. 264-265.