Vídeo do Prelado em Nova Zelândia

Melhores momentos da viagem de Mons. Fernando Ocáriz à Nova Zelândia. De 24 a 26 de agosto de 2023, o prelado viajou para passar alguns dias com os fiéis do Opus Dei deste país e com as pessoas e famílias que participam da missão evangelizadora da prelazia.

O Prelado na Nova Zelândia

Mons. Ocáriz chegou à Nova Zelândia no dia 24 de agosto à noite. Na sexta-feira esteve em Hamilton e no sábado de manhã, dia 26, foi para Auckland.

Situada na Ilha Norte, Auckland é a cidade mais populosa da Nova Zelândia, com cerca de um milhão e setecentos mil habitantes. O Prelado do Opus Dei se dirigiu ao Hyundai Marine Sports Centre, na baía de Okahu.

O encontro começou com algumas palavras de Mons. Ocáriz, recordando algumas das cidades que visitara recentemente nas Filipinas, na Indonésia e na Austrália, e continuou com uma tradicional recepção maori, que incluiu uma karanga (aclamação de boas-vindas), a entrega ao Padre de um korowai (manto cerimonial maori) e de uma canção waiata, um hino a Nossa Senhora.

O Prelado do Opus Dei lembrou que, apesar da distância entre Roma e estas terras, “estamos sempre muito próximos precisamente porque estamos unidos em Deus”. Falou da vida comum de Jesus em Nazaré e de como essas atividades aparentemente comuns eram na verdade o início da redenção do mundo.

Joe perguntou a Mons. Ocáriz sobre a profunda consciência que São Josemaria tinha de ser filho de Deus. O Prelado recordou que o fundador do Opus Dei dizia muitas vezes que ser filho de Deus deve ser o fundamento da nossa vida espiritual, pois nos dá a certeza de que o Senhor nos ama verdadeiramente com amor paterno.

Nishali, mãe de cinco filhas, deu ao Prelado uma camiseta da Taça do Mundo de Rugby dos All Blacks. Perguntou-lhe como ajudar as filhas a crescer na fé, respeitando a sua liberdade. Mons. Ocáriz respondeu que um aspecto da educação dos filhos é o nosso bom exemplo: porque a educação que dá frutos é vivenciada. Disse que os filhos têm que ver que os pais não lhes impõem nada, mas que são felizes vivendo a sua fé.

Quando Monica, de Wellington, perguntou sobre como lidar com questões difíceis com os seus filhos, o Padre disse que começasse, como sempre, com a oração. Depois, através da amizade, demonstrar interesse, conversar com eles – sem investigar ou questionar, mas com atitude de carinho – e transmitir as próprias experiências; sugeriu tentar elevar os seus sentimentos e pensamentos a um nível espiritual; e acrescentou que Deus quer sempre o que é bom para nós, por isso devemos transmitir a ideia de confiança em Deus, que nunca é arbitrário.

Ian falou sobre os seus filhos e netos e as dificuldades de viver a alegria. O Prelado disse que a alegria é uma virtude, mesmo com as preocupações que podem tirar a nossa alegria. A raiz da nossa alegria é o amor que Deus tem por nós; e podemos estar plenamente convencidos com uma fé profunda de que agora – hoje, em cada momento, mesmo num momento de dificuldade – Deus, que é Amor, está comigo.

Wayne perguntou como a família do Opus Dei na Nova Zelândia poderia ajudar-se mutuamente e crescer. Mons. Ocáriz convidou a viver a fraternidade, expressão imediata do mandamento de viver a caridade uns pelos outros; rezar uns pelos outros; compreender o valor das pessoas com as suas virtudes e talentos; alegremo-nos com o bem dos outros e façamos nossas as suas dificuldades e tristezas. Este é o amor autêntico, esta é a forma de servir a Igreja, concluiu.


Sydney, 20 de agosto: encontro com famílias

No domingo, 20 de agosto, o Prelado teve uma reunião com as famílias em Sydney com cerca de 2.000 pessoas. Durante a espera, Caitlin e Greg praticaram o cântico nacional “Aussie, Aussie, Aussie! Oi! Oi! Oi!” que cantaram para receber o Prelado.

O palco estava decorado com um fundo de trabalhos artísticos feitos para a ocasião, criando a imagem da icônica Sydney Opera House bem como das praias, flora e fauna

Mons. Ocáriz começou fazendo algumas considerações, baseadas no Evangelho do dia – o episódio da cananeia. “Esta história é uma lição de perseverança na oração, mesmo quando nos parece que Nosso Senhor não nos ouve, é certo que está prestando atenção e que as orações dão sempre fruto. Até quando não vemos os resultados que queremos, nada se perde, ainda que humanamente assim nos possa parecer”. Animou todos a pedir mais fé, e a que isso iria ajudar a uma alegria firmemente assente na certeza do amor de Deus por cada um de nós.

Mirka, fonoaudióloga e mãe jovem, falou sobre como estar perto de famílias fortes e unidas, pois, ao crescer, isso tinha tido um papel importante no caminho da fé. Perguntou ao Prelado como tornar a sua casa acolhedora e semelhante a de Cristo. Mons. Ocáriz respondeu que podiam fazê-lo, deixando que os outros participem na alegria da sua família. Disse ainda que a chave estava em fomentar verdadeiras amizades, o que é consequência de amar as pessoas e de procurar o seu bem.

A pergunta de Joe foi sobre manter o espírito de pioneiros na aposentadoria e nas últimas fases da vida. Mons. Ocáriz respondeu que o nosso espírito não depende da idade – se amarmos a Deus, isso manterá a nossa alma jovem. Afirmou que é possível aumentar essa juventude, estando perto de Jesus Cristo. Quando sentimos o cansaço ou a fadiga, necessitamos renovar-nos e voltar a ser jovens, porque o amor é sempre jovem.

Amelia e Charlie têm cinco filhos com menos de 6 anos e um deles com síndrome de Down. Perguntaram como ajudar outros a estarem abertos à vida, quando a maioria das pessoas procura uma vida sem problemas. A resposta do Prelado foi simples: mostrando aos outros que são felizes. As pessoas, ao verem a sua alegria, terão a melhor prova de que são pessoas de fé, e de que vale a pena estar aberto aos planos de Deus. Disse ainda que o sofrimento podia torná-los mais unidos como família, e abrir-lhes um caminho direto para Jesus.

Mary-Louise falou ao Prelado nos desafios de viver na zona de Nova Gales do Sul [NSW], e de como tem que viajar 200 quilômetros para conseguir ir ao recolhimento mensal. Mons. Ocáriz animou-a, recordando-lhe que o Opus Dei não são apenas edifícios e centros, mas as pessoas é que são Opus Dei, e se pode fazer a obra de Deus onde quer que se esteja, servindo-nos das próprias dificuldades como meio de oração pelo apostolado do futuro.

Quando Michael falou do número decrescente de cristãos na sociedade, o Prelado disse que, embora algumas leis e a opinião pública sejam contrárias à vida humana, não podemos ser pessimistas. Devemos rejeitar as ideias erradas, mas nunca as pessoas; há sempre pessoas boas, mesmo quando o contexto possa ser difícil. Mons. Ocáriz aconselhou a não desanimar, e Deus conta conosco ainda mais do que antes.

Ao longo da tertúlia, em vários momentos, houve atuações musicais, entre as quais, “We Are Australian” e “My Island Home”. Uma das apresentadoras, Caitlin, pediu ao Prelado para rezar pelo podcast dela, Crash Course Catholicism, que lhe tem proporcionado muitas oportunidades de chegar às periferias.

Antes de sair, o Prelado agradeceu que tivessem estado ali, e terminou pedindo a todos que rezassem pelo Papa e pelas suas intenções.

Brisbane

As atividades de formação do Opus Dei começaram em Queensland nos anos 80, coordenadas por homens e mulheres que viajavam regularmente de Sydney. Atualmente, há dois centros em Brisbane: Merindah Study Centre para mulheres e Aldridge Study Centre para homens.

Em Brisbane, Mons. Fernando Ocáriz teve uma reunião com as famílias no Tierney Auditorium. A tertúlia contou com três atuações musicais, incluindo uma peça australiana ao piano.

No início, o Prelado falou de amar com liberdade. A crucifixão de Jesus Cristo, disse, foi o momento em que Cristo nos mostrou um dos maiores atos de amor da história, justamente porque foi um dos maiores atos de liberdade. A sua decisão livre de permanecer na cruz e de morrer desse modo manifestou o seu amor e o seu desejo de redimir a humanidade.

A primeira pergunta foi de Joan, que nasceu em Brisbane e mora na Nigéria há 37 anos. Falou da necessidade de mais vocações, e Mons. Ocáriz respondeu dizendo que se queremos ser mais, temos de ser melhores – lutando para ser santos, apesar dos nossos defeitos.

Quando um jovem pai de família, David, perguntou como podia aproveitar melhor o tempo, o Prelado falou da necessidade de ter ordem e não ceder a caprichos. Referiu-se também à necessidade do descanso, porque as pessoas, quando estão descansadas, tendem a tomar melhores decisões sobre o aproveitamento do tempo.

Michelle, musicista, mãe de nove filhos e cooperadora do Opus Dei, perguntou sobre como discernir bem na escolha dos esforços apostólicos. O Prelado sugeriu que perguntasse isso a Nosso Senhor na oração, pedisse conselho e então decidisse com liberdade e amor.

Melbourne

No sábado, 19 de agosto, o Prelado esteve com cerca de 500 pessoas em Melbourne. Começou comentando o Evangelho do dia, que falava de ser como crianças. Disse que São Josemaria nos anima a ser como crianças: com uma infância que não se refere à idade, mas à atitude da alma diante de Deus. Tal como as crianças, podemos confiar e ter segurança em Deus, e crer realmente no Seu amor por nós.

Tertúlia geral em Melbourne

Renee, que tem quatro filhos, perguntou ao Prelado como ajudar outras pessoas a ter casamentos e famílias felizes, especialmente numa nação tão multicultural, em que tantos casais têm diferentes proveniências. O prelado falou sobre transmitir o Evangelho por meio da amizade autêntica e compartilhar a experiência pessoal com os outros. Acrescentou que é muito importante continuar a ser bons amigos, mesmo quando os outros não concordam com o nosso modo de viver.

James, casado, com 10 filhos, disse que ele e sua esposa são frequentemente questionados sobre como administram sua vida familiar. O Padre respondeu que, diante do medo de alguns casais de ter filhos, os outros podem ver que eles são felizes apesar das dificuldades. Também o aconselhou a lembrar que a transmissão da vida é uma participação significativa no poder criador de Deus.

Pia referiu-se a desafios da vida: um marido que trabalha muitas horas, a ocupação com quatro filhos, uma casa que fica longe dos amigos e da formação. Perguntou ao Prelado como pode ver o que há de bom em cada situação; a resposta foi que o otimismo parte da realidade, não a esquece. Acrescentou que Deus está sempre conosco e nunca nos falta a sua ajuda. Quando temos pequenas cruzes, podemos olhar para a cruz de Cristo e unir-nos a Ele.

Angelo contou a Mons. Ocáriz que teve um linfoma recentemente, mas que sentiu de fato as orações das outras pessoas do Opus Dei e que estava muito agradecido pela formação espiritual que o ajudou a concluir que este sofrimento tinha sentido. Disse ainda que tinha feito uma TAC na semana anterior e que não há sinais do câncer. O Prelado disse que ficava muito contente por Angelo estar curado; e também muito contente por ouvir falar do afeto, unidade e entrega que experimentou. Citou São Josemaria, recordando que o que nos torna felizes não é uma vida cômoda, mas um coração apaixonado.

Com estudantes e jovens profissionais em Melbourne

Em Melbourne, Mons. Ocáriz teve também oportunidade de se reunir com mais de 30 pessoas de Perth, que tinham viajado expressamente para estar com ele. Reuniu-se também com jovens de Melbourne que frequentam os meios de formação do Opus Dei – houve atuações e contaram episódios sobre as viagens recentes à Jornada Mundial da Juventude em Portugal.

Domingo, 13 de agosto. Com estudantes e jovens profissionais em Sydney

No domingo, 13 de agosto, o Prelado do Opus Dei teve um encontro com jovens - estudantes e profissionais - muitos dos quais participam da formação espiritual do Opus Dei.

O Prelado disse que estava feliz por estar de volta à Austrália. Sua última viagem havia sido em 2008, quando acompanhou o então Prelado do Opus Dei, Dom Javier Echevarría, para a Jornada Mundial da Juventude em Sydney.

WarraneCollege

Por volta do meio-dia, Mons. Ocáriz se reuniu com jovens em Warrane College, uma residência universitária que completou 50 anos em 2021. O salão principal estava cheio de estudantes de Sydney, Canberra, Brisbane e Perth.

Mons. Ocáriz comentou as palavras de São Josemaria: “Que procures Cristo. Que encontres Cristo. Que ames a Cristo” (Caminho, 382), e incentivou todos os presentes a se identificarem com Jesus Cristo: “Quando passarmos por dificuldades, não nos deixemos vencer pelo medo. Deus é sempre mais forte”.

Oli contou ao Prelado que voltou a praticar a fé desde que é residente em Warrane. Agora ele compartilha essa alegria de voltar aos sacramentos com seus amigos, que, por sua vez, começaram a praticar mais a fé. O Padre mencionou a importância do sacramento da confissão e o fato de que a absolvição é um sinal tangível do perdão de Deus.

Peter, que estuda Terapia Ocupacional, falou das atividades de serviço comunitário que organiza em um centro na área de Hills, em Sydney. O Prelado falou sobre a importância de sermos generosos ao ajudarmos os doentes, os pobres e os abandonados, de acompanharmos os outros e mostrarmos a eles que não estão sozinhos.

A reunião também incluiu três apresentações: peças de jazz para clarinete, jazz para piano e uma peça clássica. Para concluir, alguns jovens presentearam o Padre com um taco de críquete australiano com adesivos dos três centros para jovens da Prelazia em Sydney: Warrane College, Nairana Study Centre e Mirrabooka Study Centre.

Creston College

À tarde, Mons. Ocáriz visitou o Creston College. Um grupo de meninas dançou o “Nut Bush”, uma dança folclórica australiana, e depois algumas tiveram a oportunidade de fazer perguntas. Houve uma apresentação do concerto para violino duplo de Bach, uma apresentação de dança irlandesa e Amelia, uma estudante universitária, encerrou o encontro cantando “The Voice”, de John Farnham.

Uma das perguntas veio de Katie, que contou a história da sua conversão e depois perguntou ao Padre como ela poderia ser fiel à sua vocação. Mons. Ocáriz disse que a pergunta era muito importante, mas a resposta era muito curta: “Enamora-te, e não O deixarás”, glosando essa frase de São Josemaria em Caminho.

Claire, estudante de Pedagogia, perguntou como saber se estamos fazendo o que Deus quer de nós. Mons. Ocáriz respondeu que muitas vezes Deus não dá um sinal claro, porque quer que sejamos livres. Ele poderia enviar um anjo para anunciar uma vocação, mas isso pareceria forçado. O Padre disse que o importante é perceber que o que Deus quer de cada pessoa é sempre o melhor para ela, mas ela precisa descobrir isso.

Caitlyn e Abi contaram sobre o Project DREAM, um programa de orientação para ajudar meninas adolescentes que chegaram a Sydney como refugiadas. Toda semana, voluntários organizam workshops e atividades com o objetivo de instruir as meninas sobre diferentes carreiras e incentivá-las a seguir seus sonhos. O Padre disse que isso o alegrava muito e que ele também podia ver como isso as alegrava, porque ser generoso com os outros é a maior felicidade.

8 de agosto, o Prelado chega à Austrália

O Prelado do Opus Dei, Mons. Fernando Ocáriz, chegou a Sydney para a viagem pastoral à Austrália e Nova Zelândia.

Muitas famílias jovens esperaram para cumprimenta-lo no Sydney International Airport com balões, sorrisos e cartazes. “Foi uma espera demorada e as crianças estavam inquietas”, disse Steph Sugiaman, que estava lá para receber o Padre. “Mas valeu a pena e ficamos todos muito felizes ao vê-lo. O meu filho Theo pareceu entender como o Padre é especial… apertou a sua mão e, muito contente, deu-lhe um cartão e um ursinho coala”.

Vindo diretamente de Filipinas e Indonésia, Mons. Ocáriz começa a sua viagem à Austrália com uns dias de descanso. Passará depois um dia em Brisbane antes de se dirigir a Melbourne. Terminará a viagem com uns dias em Sydney antes de ir à Nova Zelândia.

Beverly Eguchi, o seu marido, Junya, e a filha Arisa também se levantaram cedo e com alegria para participar a acolhida ao Prelado. “Foi especial saber que a sua chegada coincidia com o dia da festa de Santa Maria da Cruz McKillop, uma santa australiana”, disse Beverly. “Senti o seu calor, generosidade e alegria ao cumprimentar tantas famílias que esperaram com paciência para dar as boas-vindas a Sydney. Foi bonito ver por ali muitas crianças.