“Muito obrigado por estes dias!”

No último dia da visita a Portugal, Mons. Fernando Ocáriz celebrou a Santa Missa para algumas pessoas do Opus Dei e encontrou-se com várias dezenas de padres. Em ambiente fraterno e alegre, várias questões foram surgindo, e, entre outros temas, pediu-lhes que se unissem sempre ao Papa.



Lisboa
Segunda-feira, 9 de outubro

A visita de Mons. Fernando Ocáriz a Portugal prosseguiu no domingo, 8 de outubro, com vários encontros, aulas de formação, celebração da Missa dominical e meditações, a que assistiram várias pessoas do Opus Dei.

Na segunda-feira, ainda antes da viagem de regresso a Roma, o Prelado encontrou-se com algumas dezenas de sacerdotes, de praticamente todo o país: do Algarve ao Minho. Visivelmente alegre, Mons. Fernando Ocáriz fez questão de afirmar no início do encontro: “Dá-me muita alegria por ver tantos sacerdotes, de várias idades, uns mais novos, e outros mais velhos e já com muita experiência, mas todos, no fundo, como dizia S. Josemaria, todos temos a idade de Jesus Cristo, porque a nossa identidade, sobretudo no momento da Missa e da consagração, é ser o mesmo Cristo”.

Referindo que um padre pode chegar a todo o mundo com o poder da sua oração, Mons. Ocáriz mencionou a guerra tremenda que eclodiu agora em Israel e o conflito na Ucrânia, acrescentando: “Quando nos chegam notícias, que não vejamos nada como alheio, porque tudo é nosso; em tudo há almas, em tudo há um querer de Deus”.

Passou-se depois ao momento das perguntas, precedidas da respectiva apresentação, e respostas. Foram vários os sacerdotes que falaram sobre os diferentes desafios da sua vida sacerdotal e paroquial: viver a firmeza mas sem rigidez; gerir o celular com as suas possibilidades e as suas sombras; melhorar a missão de confessor no sacramento da reconciliação; amortizar o choque das dificuldades inesperadas do dia-a-dia; descobrir estratégias para vencer a rotina na celebração da Missa.

Uma das perguntas focou-se no conflito entre a primazia da oração, teoricamente tão clara, e o turbilhão da vida a arrastar para longe dessa prioridade. A recomendação do Prelado foi pôr ordem no dia e nas tarefas. “Há mil modos de organizar a vida, mas o mais importante é a relação com Jesus Cristo. De modo absoluto: é o mais importante de tudo. Porquê? Dessa relação com Jesus Cristo depende também a nossa capacidade de ajudar os outros”.

Histórias inspiradoras também foram contadas, como a de um pároco, dos arredores de Lisboa, que decidiu começar a “Adoração Eucarística perpétua” e a surpresa que teve com cerca de quinhentas pessoas que se voluntariaram para preencher todos os turnos; ou a iniciativa de um padre do Opus Dei que iniciou um curso para namorados e noivos e que à data já tinham mais de cento e quarenta inscritos.

Neste encontro familiar e descontraído entre o Prelado e os padres, não faltou uma referência muito clara ao amor que todos devem ter ao Papa, a propósito de haver pessoas que criticam o Santo Padre: “que nós não critiquemos o Papa. Que demos exemplo de união com o Papa e com os bispos, porque é algo fundamental na Igreja (…) Estamos unidos com visão sobrenatural: o Papa é o vigário de Cristo, e, portanto, ainda que haja, se é que há, alguma coisa na sua pessoa, no seu modo de falar ou de dizer, que não nos agrada, isso não tem de nos inquietar, pelo contrário deve levar-nos a fomentar ainda mais a nossa união com o Papa na oração, para ajudá-lo com a nossa oração num mundo que é muito difícil, porque o Papa tem sobre si um peso imenso".

Às 13h30 Mons. Fernando Ocáriz dirigiu-se para o aeroporto de Lisboa, rumo a Roma, onde o esperavam alguns casais. Disse que não se despedia, pois está sempre muito unido a todas e a todos quantos fazem parte do Opus Dei. Agradeceu estes dias passados no nosso país, e notoriamente contente, manifestou o desejo que muitos frutos do Espírito Santo sejam colhidos em Portugal.



Lisboa
Sábado, 7 de outubro

No sábado, 7 de outubro, realizou-se o segundo grande encontro de famílias, desta viagem do Prelado do Opus Dei a Portugal. O espaço da Aula Magna da Universidade de Lisboa, com lotação para cerca de 1500 pessoas, estava overbooking, ocupado com muitas famílias e amigos do Opus Dei numa grande variedade de idades.

O palco, à semelhança do que já tinha acontecido em Fátima, remetia para a sala-de-estar de um lar acolhedor, onde não faltava a imagem de Nossa Senhora. Várias pessoas, maioritariamente casais, ocupavam as cadeiras e os sofás do plateau. Mons. Fernando Ocáriz chegou acompanhado pelo Vigário Regional, e dirigiu umas breves palavras ao auditório, focando o aspeto de que todos podem ser santos pelo poder do amor que transforma todas as coisas banais em coisas extraordinárias. Falou também na eficácia da recitação do terço, já que este dia é dedicado a Nossa Senhora do Rosário, e lembrou que afinal tudo pode ser oração – o trabalho, o descanso, o lazer – quando oferecido a Deus, como nos ensinou S. Josemaria.

Depois, os apresentadores, o jovem casal Leonor e Francisco, passaram a palavra a alguns dos presentes que, como é habitual, tinham histórias para contar e pediram alguns conselhos ao Prelado. Num ambiente descontraído e muito familiar as intervenções foram surgindo, deixando no ar situações inspiradoras – como a história de Rita que há anos encontrou de modo particular Deus no meio de grandes dificuldades quando ficou viúva sendo muito nova, e de como foram as amigas do Opus Dei e alguns sacerdotes otimistas que a ajudaram muito – ou cenas que arrancaram gargalhadas à assistência – como a das "galinhas felizes" da Fátima ou o desafio do professor de tênis Tiago que convidou o Padre para jogar uma partida de tênis para ver se conseguia finalmente ganhar a um espanhol!

Pelo meio não faltou um belo momento musical. Simão pediu silêncio que se ia cantar o fado, e Carmo, sua mulher, acompanhada por dois guitarristas, arrebatou a audiência com um fado, com letra de Fernando Pessoa, que é uma Ave Maria. A seguir Simão perguntou como ajudar os casais que passam por dificuldades no casamento, ao que o Padre respondeu afirmando a necessidade de cuidar o amor, não vivido como algo sentimental que se recebe, mas como um procurar que o outro seja feliz, alimentado na oração.

De volta à conversa o Prelado ouviu mais uma pergunta. Desta vez de Armando que trabalhou como voluntário na JMJ, no Stand do Opus Dei: "Padre, como podemos manter este desejo de formar as pessoas à nossa volta e fazer com que a Obra continue a ser uma grande catequese?". O Padre frisou que ainda mais importante do que passar informação e ajudar as pessoas a entenderem a doutrina, é ajudar as pessoas a viverem segundo essa mesma doutrina, esse é um grande desafio vivido no âmbito da amizade pessoal. Também o Gonçalo contou a sua história, mas no final não tinha perguntas a fazer, apenas agradecimentos às pessoas do Opus Dei que ajudaram o seu pai a viver bem os momentos terminais humana e sobrenaturalmente.

Mons. Ocáriz deu por terminado este encontro pedindo que todos rezassem muito pelo Papa e concedendo a sua bênção aos presentes.

Foi também dessa maneira, com a bênção, que finalizou o encontro da manhã deste sábado, com um grupo de moças que recebem formação nos vários Centros do Opus Dei. A tertúlia foi bastante participada, muito animada, com inúmeros momentos musicais. A JMJ foi motivo para várias abordagens. Tanto assim que até adaptaram um dos gritos de ordem mais ouvidos durante a Jornada, empunhando cartazes com a frase "ESTA ES LA JUVENTUD DEL PADRE". Uma das intervenções foi precisamente de uma moça que pediu ao Prelado que, quando estivesse de novo com o Papa Francisco, lhe transmitisse os agradecimentos dos portugueses por ter estado conosco na Jornada. E inesperadamente, divertindo muito Mons. Fernando Ocáriz e todas as presentes, entrou um Minion com um kit de voluntário para oferecer ao Prelado.

Perguntas diversas, sobre os assuntos que inquietam estas jovens, foram sendo formuladas: "Padre, queremos falar de Deus nos meios universitários sem que as pessoas digam logo que estamos a tentar impor os nossos valores. O que nos aconselha?" ou "O que fazer quando somos confrontadas com perguntas difíceis? O que mais podemos fazer para além da boa formação?" ou ainda "Padre, vou começar a ter Círculos. Que conselho me dá para que não sejam apenas uma palestra mais?". A resposta não se fez esperar: "Ouvir e guardar no coração! Cada semana ficar só com algum propósito prático para lutar...".

Ao terminar a tertúlia, cumprindo uma tradição universitária em momentos especiais e solenes, as capas de quem estava trajado foram colocadas no chão do palco para que Monsenhor Ocáriz as pisasse quando saísse.

No final do dia o Padre ainda recebeu várias famílias, uma a uma com a sua história de vida, dando sempre alento e agradecendo a sua entrega.

A visita do Prelado do Opus Dei a Portugal vai continuar até 2ª feira, altura em que regressará a Roma.


Lisboa
Sexta-feira, 6 de outubro

Na sexta-feira, dia 6 de outubro, o Prelado do Opus Dei encontrou-se com várias pessoas, entre as quais um grupo de rapazes que habitualmente participam nas atividades do Opus Dei. Foi uma conversa que aconteceu de forma familiar, intercalada com momentos musicais. As perguntas sucederam-se sobre os mais variados assuntos, desde pedidos de conselhos como, por exemplo, como se faz para se distinguir a voz de Deus da nossa própria voz; até a uma questão mais ousada que interrogou Mons. Ocáriz sobre qual tinha sido o seu pedido à Mãe do Céu no dia anterior, em Fátima. A todas o Prelado respondeu com calma e alegria, aconselhando os rapazes a irem pelo caminho da amizade; a perceberem que a oração é diálogo com Deus e não uma introspeção; e que é preciso abandono no amor de Deus e confiança no Sacramento da Confissão.

Ainda antes tinha sido a vez de algumas pessoas da direção, e colaboradores diretos, da AESE Business School receberem Mons. Ocáriz, já que a mesma tem assistência pastoral do Opus Dei. A Dean, Prof.ª Fátima Carioca, foi apresentando as pessoas e introduzindo os temas da conversa que foi fluindo com serenidade. Um dos assuntos abordados foi a JMJ em Portugal em que a AESE teve um papel importante, pois, com muito orgulho, foi palco do centro de operação da organização enquanto o Papa esteve em Lisboa. Um dos momentos mais divertidos deste encontro foi quando o Prelado recebeu um apito de Mestre da Marinha Portuguesa, para continuar como timoneiro da barca… e logo o fez soar!

Mas o dia já tinha começado logo de manhã com a visita de Mons. Fernando Ocáriz aos Colégios Fomento, que também recebem assistência pastoral do Opus Dei. Quer no Mira Rio, quer no Planalto, o Prelado teve oportunidade de conhecer pessoalmente alguns pais, professores e funcionários, bem como alguns alunos. Visitou os espaços, benzeu uma imagem de Nossa Senhora no Planalto onde recebeu uma t-shirt da equipa de rugby com o seu nome.

Finalizou a visita ao Mira Rio com umas palavras em que destacou que a formação nunca termina: "Durante toda a nossa vida temos de nos formar para sermos cada vez melhores, para sermos melhores pessoas e, sobretudo, para nos identificarmos mais com Jesus Cristo, que essa é a formação à qual tende toda a formação".

A presença de Mons. Fernando Ocáriz em Portugal vai continuar nos próximos dias.

Fátima
Quinta-feira, 5 de outubro

Foi em Fátima, no auditório do Centro Paulo VI, que Monsenhor Fernando Ocáriz, teve o primeiro dos dois grandes encontros programados para as famílias e amigos do Opus Dei em Portugal. Um pouco mais de 2000 pessoas, de todas as idades e vindas de vários pontos do país, encheram o auditório numa reunião informal e muito familiar. Em cima do palco, juntamente com o Prelado, contavam-se mais de 30 pessoas, sentadas num décor que fazia lembrar uma sala-de-estar de qualquer casa de família. E foi nesse ambiente sereno e familiar que decorreu todo o evento, durando um pouco mais de uma hora. Conduzido por um jovem casal, a Teresa e o Manuel, a tertúlia começou com umas breves palavras de Monsenhor Ocáriz que, citando os textos da Missa do dia, destacou o papel de todos os batizados na construção da Igreja; confirmou a importância da alegria na vida de fé; e terminou pedindo que todos rezem pelo Santo Padre.

A palavra passou depois para alguns dos presentes na sala que, contando de forma abreviada mas emotiva a sua história de vida, terminavam interpelando Mons. Ocáriz sobre alguma questão muito concreta: "Padre, como se faz quando vivemos em um local em que não há Missas com frequência?", ou "Como desenvolver amizades no mundo empresarial quando se está em teletrabalho e as reuniões são sempre por Zoom?", ou ainda "Como podemos ajudar as famílias em crise à nossa volta, a acreditar novamente no projeto da família?". As intervenções da Rita e do Fernando, donos de uma casa de ferragens; do Zé Rui, estudante da Escola de Belas Artes e sua mãe Cecília; da Gabriela, ourives; dos próprios apresentadores Teresa e Manuel; da Olga, subdiretora de uma Prisão; e da Inês e do Francisco, pais de família numerosa, foram atentamente seguidas pelo Prelado e por todos na sala, entre gargalhadas, aplausos e momentos de grande atenção. Histórias correntes, mas todas diferentes, de pessoas comuns, com inquietações também comuns a muitas das centenas de pessoas que ali se encontravam, e que muito naturalmente interpelaram e enriqueceram quem as ouviu. A todos Mons. Ocáriz respondeu, sugerindo e aconselhando, sendo que um quase imperativo foi comum a muitas respostas: rezar é preciso!

Ainda pelo meio destas conversas, duas crianças ofereceram ao Prelado uma réplica de uma terrina que ficou famosa na história das visitas de S. Josemaria a Portugal, cheia de chocolates em forma de coração, arrancando a Mons. Ocáriz um largo sorriso. Outro momento marcante foi quando o estudante da Escola de Belas Artes ofereceu ao Prelado do Opus Dei um quadro por ele pintado com o retrato do seu antecessor, D. Javier Echevarría. Não faltaram também momentos musicais: um primeiro em que as centenas de pessoas que enchiam o auditório foram convidadas a cantar; e um no final, em que a Aurora, tocando um ukelele, interpretou uma bonita canção.

Ainda nesta quinta-feira, Mons. Fernando Ocáriz esteve na Capelinha das Aparições, em oração. Mais tarde, também em Fátima, encontrou-se com um grupo de casais que trabalham as questões da família, e quando alguém agradeceu a visita, o Prelado do Opus Dei respondeu alegremente "Não sou visita, estou em casa!".


Lisboa
Quarta-feira, 4 de outubro

Mons. Fernando Ocáriz, acompanhado pelo Pe. Jorge Gisbert e pelo Pe. Vicente de Castro, chegou a Portugal pouco depois das 20:30h de 4ª feira, 4 de outubro. Visivelmente sorridente, o Prelado do Opus Dei foi recebido no aeroporto de Lisboa por 3 famílias que lhe deram as boas-vindas ao nosso país, erguendo vários cartazes coloridos.

Para além de alguns presentes, Mons. Ocáriz recebeu também desenhos feitos pelas crianças destas famílias. O Vigário Regional, Pe. Gonçalo Abreu Rocha, também recebeu o Prelado no aeroporto, e vai, naturalmente, acompanhá-lo nesta viagem informal e familiar a Portugal.

Até dia 9 de outubro vários eventos estão na agenda de Mons. Ocáriz, destacando-se os dois grandes encontros com as famílias e amigos do Opus Dei. O primeiro vai ocorrer em Fátima, no Centro Paulo VI por volta do meio-dia na 5ª feira, dia 5. O segundo está marcado para sábado, dia 7 às 17h na Aula Magna da Reitoria da Universidade de Lisboa.

Acompanharemos estes encontros e daremos aqui notícia também dos outros eventos que constam no programa.