O documento tem quatro capítulos, uma introdução e uma conclusão. Está estruturado em 60 pontos.
As encíclicas são os documentos mais importantes que os Papas escrevem. João Paulo II publicou catorze e Bento XVI, três.
“A Luz da Fé” completa o quadro das virtudes teologais que Bento XVI tinha começado com as suas encíclicas sobre a esperança e a caridade, pensando em deixar a fé para este momento: o quinquagésimo aniversário do Concílio Vaticano II, celebrado com o Ano da Fé que se encerra no próximo 24 de novembro.
O primeiro capítulo apresenta a fé de Jesus Cristo, a verdadeira “testemunha fiável” que revela como é Deus e que nos ajuda a vê-lo do modo que ele mesmo via, como Pai. Mas a fé não é apenas um conhecimento, “é um dom gratuito de Deus que exige a humildade e o valor fiar e confiar, para poder ver o caminho luminoso do encontro entre Deus e os homens, a história da salvação”.
O segundo capítulo, mais prático, aborda a relação entre a “fé e verdade”, e também entre “fé e amor”. O Papa Francisco adverte que “a fé, sem verdade, no salva. Fica numa bela fábula, a projeção dos nosso desejos de felicidade”. Ao mesmo tempo, traduz-se em amor a Deus e aos outros. Por isso, a fé não é intransigente, e o crente não é arrogante, mas pratica de modo natural o diálogo.
O capítulo terceiro focaliza a evangelização, já que a fé deve ser difundida, de uma forma que tudo ganha força graças aos sacramentos do batismo e da eucaristia.
Por último, o capítulo quarto refere-se ao bem comum, isto é, ao modo de organizar a sociedade segundo os critérios da fé, com aspectos sobre o modo de vivê-la na família fundada sobre o matrimônio entre um homem e uma mulher, nas relações sociais, no respeito à natureza –que é manifestação de Deus – e nos momentos difíceis do sofrimento e da morte.