Conversão, contrição, Amor

Jesus disse-lhes: "Eu lhes digo que, da mesma forma, haverá mais alegria no céu por um pecador que se arrepende do que por noventa e nove justos que não precisam arrepender-se".(Do Evangelho de S. Lucas, 15, 7)

Quando é que me vou converter?

Meu Deus, quando é que me vou converter?

Tudo espero de Ti, meu Jesus: converte-me!

Forja , 112

Se cometeste um erro, pequeno ou grande, volta correndo para Deus!

- Saboreia as palavras do salmo: "Cor contritum et humiliatum, Deus, non despicies" - o Senhor jamais desprezará nem se desinteressará de um coração contrito e humilhado.

Forja, 172

Agora! Volta à tua vida nobre agora. Não te deixes enganar: “agora” não é demasiado cedo... nem demasiado tarde.

Caminho, 254

"Nunc coepi!" - agora começo! É o grito da alma apaixonada que, em cada instante, quer tenha sido fiel, quer lhe tenha faltado generosidade, renova o seu desejo de servir - de amar! - o nosso Deus com uma lealdade sem brechas.

Sulco, 161

Tudo espero de Ti, meu Jesus: converte-me!

Forja, 170

Deus espera-nos

O cristianismo não é um caminho cômodo: não basta estar na Igreja e deixar que os anos passem. Na nossa vida, na vida dos cristãos, a primeira conversão - esse momento único, que cada um de nós recorda, e em que se percebe claramente tudo o que o Senhor nos pede - é importante; mas ainda mais importantes, e mais difíceis, são as sucessivas conversões. E para facilitar o trabalho da graça divina com estas conversões sucessivas, é preciso conservar a alma jovem, invocar o Senhor, saber escutar, descobrir o que vai mal, pedir perdão.
É Cristo que passa, 57

De certo modo, a vida humana é um constante retorno à casa do nosso Pai. Retorno mediante a contrição, mediante a conversão do coração, que se traduz no desejo de mudar, na decisão firme de melhorar de vida, e que, portanto, se manifesta em obras de sacrifício e de doação. Retorno à casa do Pai por meio desse sacramento do perdão em que, ao confessarmos os nossos pecados, nos revestimos de Cristo e nos tornamos assim seus irmãos, membros da família de Deus.

Deus espera-nos como o pai da parábola, de braços estendidos, ainda que não o mereçamos. O que menos importa é a nossa dívida. Como no caso do filho pródigo, basta simplesmente abrirmos o coração, termos saudades do lar paterno, maravilhar-nos e alegrar-nos perante o dom divino de nos podermos chamar e ser verdadeiramente filhos de Deus, apesar de tanta falta de correspondência da nossa parte.

É Cristo que passa, 64

Diz devagar, com ânimo sincero: "Nunc coepi!" - agora começo! Não desanimes se, infelizmente, não vês em ti a mudança, que é efeito da destra do Senhor... Do fundo da tua baixeza, podes gritar: - Ajuda-me, meu Jesus, porque quero cumprir a tua Vontade..., a tua amabilíssima Vontade.

Forja, 398

Dor de amor

Diz devagar, com ânimo sincero: "Nunc coepi!" - agora começo!

A experiência do pecado tem que nos conduzir à dor, a uma decisão mais amadurecida e mais profunda de ser fiéis, de nos identificarmos deveras com Cristo.

É Cristo que passa, 96

Dor de amor, pois, e —na intimidade dessa dor e dessa humildade— atrever-nos-emos a dizer ao Senhor que há também na nossa vida muito amor. Que, se foi real a falta, real é o amor que Ele mesmo põe em nós, que nos permite servi-Lo com toda a força dos nossos corações. Dizei frequentemente, como jaculatória, o ato de contrição de Pedro, depois das negações: Domine, tu omnia nosti; tu scis, quia amo te! (Jo 21,17)402.)

Carta 24/03/1931, 24

Temos de aprender a ser filhos de Deus(...), de modo que, seja qual for a espécie de erro que possamos cometer, mesmo o mais desagradável, não vacilaremos nunca em reagir e em retornar a essa senda mestra da filiação divina, que termina nos braços abertos e expectantes do nosso Pai-Deus.

Amigos de Deus, 148

Confiar no poder de Deus

Neste torneio de amor, não nos devem entristecer as nossas quedas, nem mesmo as quedas graves, se recorremos a Deus com dor e bom propósito, mediante o sacramento da Penitência. O cristão não é nenhum colecionador maníaco de uma folha de serviços imaculada. Jesus Cristo Nosso Senhor não só se comove com a inocência e a fidelidade de João, como se enternece com o arrependimento de Pedro depois da queda. Jesus compreende a nossa debilidade e atrai-nos a Si como que por um plano inclinado, desejando que saibamos insistir no esforço de subir um pouco, dia após dia.

É Cristo que passa, 75

Examinar os nossos desejos de vida cristã, de santidade; para reagirmos com um ato de fé perante as nossas fraquezas e, confiantes no poder de Deus, fazermos o propósito de depositar amor nas coisas do nosso dia-a-dia. A experiência do pecado tem que nos conduzir à dor, a uma decisão mais amadurecida e mais profunda de ser fiéis, de nos identificarmos deveras com Cristo.

É Cristo que passa , 96

“Quanto não devo a Deus, como cristão! A minha falta de correspondência, perante essa dívida, tem-me feito chorar de dor: de dor de Amor. "Mea culpa!"”
- Bom é que vás reconhecendo as tuas dívidas. Mas não te esqueças de como se pagam: com lágrimas... e com obras.

Caminho, 242