Cartas e marmitas: continuidade no voluntariado da juventude

Amizade Sem Fronteiras foi o nome dado a uma iniciativa social realizada durante a quarentena pelas estudantes de Ensino Médio que frequentam o Centro Mirante.

As estudantes do Centro Mirante (www.mirante.org.br) costumavam ir a asilos para conversar com os idosos, jogar bingo, levar algum artesanato feito por elas, cantar e tocar, mas com a pandemia tiveram que interromper essas visitas.

Propuseram então enviar-lhes cartas, a fim de manter o contato e dar-lhes uma alegria. Fizeram parceria com o Centro Social Nossa Senhora do Bom Parto, que enviou informações dos idosos que abrigam, tais como número de filhos, hobbies, profissão, etc. Isso possibilitou que as cartas fossem personalizadas, de acordo com a história de vida e os interesses de cada idoso. As meninas criaram uma campanha no Instagram “adote um idoso” e assim conseguiram envolver outras jovens nessa ação social, além de dar dicas sobre como escrever para uma pessoa de outra geração, como fazer envelopes customizados, etc.

Para ver um resumo dessa iniciativa, assista ao vídeo disponível no canal IGTV do Instagram (@centromirante).

Maria, uma das participantes, comentou: "Esse projeto foi uma forma de levar um pouco de alegria aos velhinhos que, diante da pandemia, tiveram que mudar seu estilo de vida, sem contar os problemas psicológicos que sofreram com essa situação. Não está fácil para ninguém. É gratificante poder tirar um sorriso do rosto deles".

Realizadas com os vídeos e fotos que receberam dos idosos lendo suas cartas, as meninas decidiram ir mais além e promoveram também o projeto Marmita Solidária (assista aqui ao vídeo dessa iniciativa). O objetivo era preparar um jantar para os moradores de rua do centro de São Paulo. Fizemos uma campanha para arrecadar dinheiro e alimentos. No dia combinado, cada uma preparou em sua casa algumas marmitas e nos encontramos no Centro Mirante para finalizá-las: colocar em potes, acrescentar os talheres e guardanapos e incluir também um docinho para a sobremesa.

As meninas contagiaram seus familiares e vizinhos e no fim das contas estavam todos envolvidos na preparação da macarronada. E o esforço foi compensado pela alegria dos moradores de rua ao receberem as marmitas naquela noite. Vale a pena!