Jorge Mario Bergoglio foi ordenado sacerdote, em 13 de dezembro de 1969, com a imposição das mãos do arcebispo de Córdoba, Ramón José Castellano.

No livro entrevista "El Jesuíta", Bergoglio conta que ainda guarda em um velho papel desbotado a profissão de fé que escreveu "num momento de grande intensidade espiritual", pouco antes de ser ordenado sacerdote:

"Eu quero crer em Deus Pai, que me ama como um filho, e em Jesus, o Senhor, que infundiu o Seu Espírito na minha vida para fazer-me sorrir e assim conduzir-me ao Reino eterno da vida.

Creio na minha história, que foi trespassada pelo olhar amoroso de Deus, e no dia da primavera, 21 de setembro, veio ao meu encontro e me convidou a segui-lo (...).

Creio na paciência de Deus, acolhedora, tão boa como uma noite de verão.

Creio que o papai está no céu ao lado do Senhor.

Creio que o Padre Duarte[*] também está lá intercedendo pelo meu sacerdócio.

Creio em Maria, minha mãe, que me ama e nunca me deixará sozinho.

E espero a surpresa de cada dia em que se manifeste amor, a força, a traição e o pecado, que me acompanharão até o encontro definitivo com aquele rosto maravilhoso que não sei como é, do qual escapo continuamente, mas que quero conhecer e amar. Amém".

Selos Comemorativos

O escritório filatélico e numismático do Vaticano, por sua vez, lançou dois selos com a figura do Santo Padre, que reproduzem duas pinturas feitas pelo pintor espanhol Raúl Berzosa.

No primeiro selo é possível ver o jovem Bergoglio refletindo a alegria daquela "véspera do terceiro domingo de Advento, quando foi ordenado sacerdote". Atrás dele, ao lado esquerdo, está a Basílica de São José de Flores, lugar onde sentiu o chamado de Deus . À direita está "Nossa Senhora Desatadora de Nós", uma devoção mariana que conheceu durante uma de suas viagens à Alemanha e "uma de suas grandes devoções".

O segundo selo mostra o Papa Francisco abençoando o espectador. "Junto a ele, aparece o Cristo da Misericórdia", cuja devoção foi a base para a convocação feita pelo Pontífice do "ano santo extraordinário, conhecido como Ano da Misericórdia". "À esquerda, a fachada de São Pedro, do Vaticano", explica o pintor.

Orações

“Pelo Papa Francisco que celebrará em 13 de dezembro, cinquenta anos de ordenação sacerdotal: o Senhor que o chamou para ser administrador dos Santos Mistérios e bispo de Roma, o guie e o sustente com a graça de seu Espírito, dando-lhe o consolo que vem da oração de toda a Igreja. Rezemos.”

Esta é a oração dos fiéis que no domingo (08/12), foi rezada em todas as missas nas igrejas da Diocese de Roma, em vista dos cinquenta anos de sacerdócio do Papa Francisco.

Carta do cardeal De Donatis

O vigário do Papa para a Diocese de Roma, cardeal Angelo De Donatis, divulgou a intenção de oração e escreveu uma carta em vista desse aniversário importante.

"Agradecemos ao Senhor por esses 50 anos de ministério, dos quais 27 de episcopado", ressalta o purpurado. A seguir, dirigindo-se aos sacerdotes, diáconos, religiosos, religiosas e fiéis da diocese, escreve: "Todos nós temos na mente e no coração a imagem do dia 13 de março de 2013, quando apresentando-se ao mundo, o Papa pediu pela primeira vez para rezar por ele. Recordamos aquele silêncio de improviso, enquanto, olhando a nossa cidade, ele se inclinava para receber a bênção do Céu através da intercessão do povo de Deus: um silêncio, um gesto, uma oração unânime, forte, de família."

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[*] O Padre Duarte foi o sacerdote que o confessou no dia 21 de setembro, quando Jorge vislumbrou a sua vocação sacerdotal.