Poucas horas depois da partida de D. António para junto de Deus, estamos ainda tomados pela perplexidade e pela tristeza, fazendo um esforço por aceitar a vontade de Deus, mesmo sem a perceber.
No dia 6 de julho passado pude estar presente na audiência que D. António quis ter, no Paço Episcopal, com o prelado do Opus Dei, Mons. Fernando Ocáriz, durante a visita pastoral que o prelado fez ao nosso país.
D. António mostrou a simpatia e afabilidade tão própria do seu carácter, conduziu a conversa, longa, distendida e simples, num olhar cheio de fé serena e de optimismo realista sobre a Igreja e sobre as pessoas.
Vi-o tão bem disposto e tão robusto que a notícia me parece mais difícil de aceitar.
Uno-me às orações de todos pela sua alma e peço a Deus que receba este seu bom filho: que lhe dê o conforto pleno da eternidade de amor junto dEle.
Envio as minhas condolências aos bispos auxiliares do Porto, e a todos os fiéis da diocese, sacerdotes, consagrados, e leigos.
Não vamos esquecer que o seu último grande gesto de bispo foi ter acompanhado toda a diocese até aos pés da Mãe de Deus em Fátima. A Ela pediu, com palavras do Papa Francisco, que “nos ensine a acreditar na força revolucionária da bondade, da ternura e do afecto”.