“Jesus, em teu nome procurarei almas”

“Duc in altum” - Mar adentro! - Repele o pessimismo que te faz covarde. “Et laxate retia vestra in capturam”- e lança as redes para pescar. Não vês que podes dizer, como Pedro: “In nomine tuo, laxabo rete” - Jesus, em teu nome procurarei almas? (Forja 792)

Vamos acompanhar Cristo nesta pesca divina. Jesus está junto do lago de Genesaré e as multidões comprimem-se à sua volta, ansiosas por ouvir a palavra de Deus. Tal como hoje! Não estais vendo? Andam desejosas de ouvir a palavra de Deus, embora o dissimulem exteriormente. Talvez este ou aquele se tenha esquecido da doutrina de Cristo; outros - sem culpa própria - nunca a aprenderam, e vêem a religião como algo estranho. Mas convencei-vos de uma realidade sempre atual: chega sempre um momento em que a alma não pode mais, em que não lhe bastam as explicações habituais, em que não a satisfazem as mentiras dos falsos profetas. E, mesmo que nem então o admitam, essas pessoas sentem fome de saciar a sua inquietação com os ensinamentos do Senhor.

Deixemos São Lucas continuar a sua narrativa: E viu duas barcas à beira do lago; e os pescadores tinham saído e lavavam as redes. Entrando numa das barcas, que era a de Simão, pediu-lhe que se afastasse um pouco da margem. E, sentando-se, ensinava o povo da barca. Quando acabou a sua catequese, ordenou a Simão: Faze-te mais ao largo e lançai as vossas redes para pescar. É Cristo o dono da barca. É Ele quem prepara a faina. Foi para isso - para cuidar de que os seus irmãos descobrissem o caminho da glória e do amor ao Pai - que Ele veio ao mundo. Não fomos nós, portanto, que inventamos o apostolado cristão. Nós, os homens, quando muito, o dificultamos, com os nossos modos desastrados, com a nossa falta de fé. (Amigos de Deus, 260)

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